É cada vez mais importante contarmos com a Coleta Seletiva em todos os locais, de empresas a residências, e os condomínios exercem um papel fundamental nesta mudança de cultura.
Ao concentrar muitos moradores e ter acesso mais fácil às informações sobre as boas práticas da Coleta Seletiva, os condomínios podem conscientizar coletivamente a importância de separar e coletar corretamente o lixo, para a qualidade de vida dos próprios moradores e de toda a comunidade.
Sendo assim, podem ser agentes fundamentais na mudança de cultura que, se bem sucedida, motiva os moradores a incentivar a mudança em outros lugares.
Mas você sabe como implantar coleta de lixo para reciclagem em seu condomínio?
Veja a seguir um plano que pode ajudar você e seus moradores a contribuir muito para a saúde do planeta!
Passo 1 do Plano de Coleta Seletiva: conheça as opções de retirada do condomínio
Sim, vamos começar pelo final e por um motivo simples: você mobilizou os moradores, criou os passos seguintes, tudo funciona, mas quem virá buscar o lixo separado? Ou o condomínio fará a entrega em algum lugar?
Se este passo não estiver definido, é grande a chance do lixo acumular dentro do condomínio e incomodar ou desmotivar os moradores. Outro fator importante é o custo: ele pode ser baixo mas precisa ser previsto.
As opções atuais, dependendo de cada cidade, são:
- Serviço municipal de coleta seletiva de lixo.
- Catadores autônomos.
- Empresas de reciclagem.
- Postos de entrega voluntária.
Cada uma vai exigir uma forma de trabalhar – entregar, retirar, serviço pago ou gratuito. O importante é definir aquela que funciona melhor com o volume gerado, a frequência de retirada e a disponibilidade do condomínio de entregar em um local.
Passo 2 do Plano de Coleta Seletiva: planejar a implantação
Neste passo, o condomínio deve comunicar os condomínio durante um prazo e definir um grupo de trabalho para as definições:
- Tipo de separação: o ideal é, no mínimo, separar em papeis, metais, vidros, plásticos, orgânicos (alimentos) e rejeitos (itens das separações anteriores que não podem ser reciclados e não são orgânicos, por exemplo material médico).
- Tipo de reservatório para os moradores descartarem cada tipo de lixo (lixeiras, contêineres, coletores ecológicos).
- Quantidade de reservatórios necessária.
- Local do condomínio onde cada reservatório ficará.
- Local para onde todo o lixo reciclado será concentrado para aguardar a coleta externa e pessoas responsáveis.
- Material de conscientização e orientações (panfletos, mural, etc).
- Discutir com a seguradora do condomínio
- Cronograma com tarefas, pessoas e prazos até a implantação.
Um item acima que poucos condomínios cuidam é informar à seguradora sobre o plano de Coleta Seletiva, por causa do local de concentração, que terá uma quantidade grande de materiais altamente inflamáveis.
Passo 3 do Plano de Coleta Seletiva: aprovação em reunião
Todos os moradores deve estar cientes da implantação da Coleta Seletiva e aprovar conforme as regras da Convenção.
Este passo é fundamental para que, no futuro, não haja rejeição, que se possa cobrar o cumprimento e até mesmo instituir punição.
Passo 4 do Plano de Coleta Seletiva: montagem da estrutura
É a hora de transformar as decisões na estrutura que será usada pelos moradores e pelo condomínio.
- Compra dos reservatórios.
- Preparação dos locais.
- Preparação do local que concentrará o lixo antes da retirada.
- Negociação e/ou acerto de quem vai retirar os materiais do condomínio.
- Definir a frequência e horário de retirada.
- Treinamento dos responsáveis pelo manuseio e guarda até a retirada.
- Comunicação da campanha de conscientização com as regras e o prazo de implantação.
- Formalizar o contrato ou o acordo com a empresa que vai recolher o lixo nos dias e horários combinados.
Com a colaboração de todos, fica mais fácil fazer o gerenciamento de resíduos. Fale com seu síndico e leve essa proposta.